quinta-feira, 24 de março de 2011

Em "outro" Carandiru

O livro Estação Carandiru de Dráuzio Varella ficou bastante famoso, principalmente, por conta do filme. É uma obra muito boa, sem dúvida.
Mas tenho uma preferência por outro que se chama "Vidas do Carandiru" do jornalista Humberto Rodrigues.
Esse homem, jornalista aposentado, meteu-se, sem querer, em uma roubada (literalmente) e foi preso injustamente.
Ficou alguns anos na penintenciária que nem existe mais hoje, mas que, por meio de se livro, deixou ótimos registros.
É um livro dividido em duas partes: a primeira é uma espécia de diário, em que ele retrata o seu dia-a-dia enquanto esteve preso. A segunda são as histórias de alguns detentos de quem eles se tornou amigo.
Um livro fantástico que nos faz perceber que, de tudo, temos de tirar algum proveito. Mesmo estando presos! Vale muito a pena!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Você consome mais do que pode?

A maioria das mulheres AMA consumir!
Isso é fato!
Se vemos algo em promoção, podemos até não precisar, compramos!
Se é um sapato, pegaremos mais de um par, com cores diferentes, vai que eu resolva usar com aquela blusa vermelha.
Está se identificando?
Agora imagine uma mulher que trabalha em uma revista de finanças dando dicas de como poupar dinheiro sendo a pessoas mais consumista compulsiva que existe! E, pior ainda, escondendo as contas de si mesma na tentativa de que elas desapareçam!
Essa mulher existe e se chama Rebecca Bloom!
O livro Delírios de Consumo de Becky Bloom é uma obra divertidíssima de Sophie Kinsella que faz com que muitas mulheres (quase todas) que a leem, se identifiquem com o livro, porque a Becky traz um pouco de cada uma de nós.
História engraçadíssima e deliciosa de se ler!

Leituras rápidas e prazerosas

Às vezes, a falta de tempo acaba nos tirando a vontade de ler.
O que é muito triste, porque quem lê sempre, tem a mente sempre trabalhando muito bem!
A dica que dou para quem quer continuar lendo, mesmo que o tempo para isso seja minúsculo, são crônicas.
Luís Fernando Veríssimo é um dos melhores cronistas que o Brasil tem!
Um bom exemplo de livro dele é Mentiras que os homens contam.
Crônicas bem curtas, de fácil linguagem e divertidíssimas, tratando do nosso cotidiano.
Um exemplo de crônica desse livro:


Grande Edgar

Já deve ter acontecido com você.

- Não está se lembrando de mim?

Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, e todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra?

Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.

Um, o curto, grosso e sincero.

- Não.

Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O "Não" seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.

Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, ‚ o da dissimulação.

- Não me diga. Você é o... o...

"Não me diga", no caso, quer dizer "Me diga, me diga". Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:

- Desculpe, deve ser a velhice, mas...

Este também é um apelo à piedade. Significa "Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!". É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.

E há um terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.

- Claro que estou me lembrando de você!

Você não quer magoá-lo, é isso! Há provas estatísticas de que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar.
Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:

- Há quanto tempo!

Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.

- Então me diga quem eu sou.

Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:

- Pois é.

Ou:

- Bota tempo nisso.

Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas no meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém distancia com frases neutras como jabs verbais.

- Como cê tem passado?

- Bem, bem.

- Parece mentira.

- Puxa.

(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Que é esse cara, meu Deus?)

Ele está falando:

- Pensei que você não fosse me reconhecer...

- O que é isso?!

- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.

- E eu ia esquecer você? Logo você?

- As pessoas mudam. Sei lá.

- Que idéia!

(É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. "Que bom encontrar você!" e paf, chuta uma perna. "Que saudade!" e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)

- É incrível como a gente perde contato.

- É mesmo.

Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.

- Cê tem visto alguém da velha turma?

- Só o Pontes.

- Velho Pontes!

(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)

- Lembra do Croarê?

- Claro!

- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.

- Velho Croarê!

(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)

- Rezende...

- Quem?

Não é ele. Pelo menos isto está esclarecido.

- Não tinha um Rezende na turma?

- Não me lembro.

- Devo estar confundindo.

Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.

Ele fala:

- Sabe que a Ritinha casou?

- Não!

- Casou.

- Com quem?

- Acho que você não conheceu. O Bituca.

Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela.

Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?

- Claro que conheci! Velho Bituca...

- Pois casaram.

É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.

- E não avisaram nada?!

- Bem...

- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!

- É que a gente perdeu contato e...

- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.

- É...

- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. VOCÊS que se esqueceram de mim!

- Desculpe, Edgar. É que...

- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...

(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de "Já?!".)

- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?

- Certo, Edgar. E desculpe, hein?

- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.

- Isso.

- Reunir a velha turma.

- Certo.

- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...

- Bituca.

- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?

- Tchau, Edgar!

Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer "Grande Edgar". Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez se alguém lhe perguntar "Você está me reconhecendo?" não dirá nem não. Sairá correndo.


Delícia, né? E no livro há muito mais!!!
Vale mutíssimo a pena!
Confira!

Para os meninos que não gostam de ler!

É muito difícil competir com a Internet e jogos de Vídeo-Game, não é?
Mães de meninos adolescentes sabem muito bem disso!
Mas existe remédio para que eles se interessem pela leitura.
E esse remédio chama-se Diário de um Banana de Jeff Kinney. É um sucesso de vendas no mundo todo!
Livrinho gostoso de fácil leitura, é o diário de um menino que é vítima de brincadeiras na escola, mas acaba levando tudo numa boa. Ainda, para piorar, tem um irmão mais velho que o inferniza sempre. Mas sempre ao seu lado conta com seu melhor amigo que, embora adolescente, comporta-se como um bebezão!
Garanto que os meninos vão amar e, melhor ainda, vão pedir a você quem compre as sequências.
Vale a pena!

Você tá rindo de mim?

O livro Ria da minha vida, antes que eu ria da sua de Evandro Augusto Daolio é um livro auto-biográfico de uma pessoa "comum" assim como eu ou você. A questão é que o Evandro é aquele rapaz que levava os piores foras, tomava os piores tombos, mas possuía as melhores histórias sobre sua vida. De tanto os amigos dizerem a ele: "Você precisa escrever um livro sobre a sua vida", ele acabou fazendo isso e hoje é um grande sucesso. Há pessoas que o classificam como sendo de autoajuda. Mas na verdade é apenas a história de um homem muito legal que nos ensina como agir em determinadas situações e ainda nos diverte.
Mas prestem atenção! É proibido ler esse livro em lugares públicos, porque a gargalhada é certa!
Vale a pena conferir!

quarta-feira, 9 de março de 2011

O melhor hábito do mundo!

Sou fanática por livros!
Fico triste em ver que a maioria das pessoas não se interessam pela leitura.
Por isso criei este blog, porque tenho o objetivo de influenciar aos visitantes que leiam.
Darei dicas de livros com críticas e sinopses.
Boa leitura dos meus posts e, quem sabe, dos livros que indicarei!