Uma obra fascinante, triste e comovente.
Nela, a autora retrata a seca que houve no Nordeste em 1915.
Um seca que matou milhares de pessoas, gado e devastou plantações.
Havia, inclusive, boatos de pessoas que comiam outras no desespero que a fome causava.
Rachel escrevia com tanto realismo que chegamos a sentir a dor das personagens ao ler o livro.
Sentimos a fome, a sede, o desespero...
Na semana passada, período em que estava relendo o livro, estava vendo uma reportagem em que mostrou uma cidade de Pernambuco, onde não chove há um ano e sete meses!
Pareciam imagens de um filme inspirado pelo livro.
Mas, não! Era real! Infelizmente aquilo era verdadeiro.
Pessoas desesperadas sem ter o que comer e beber.
O gado caindo às dezenas, centenas, no chão, mortos, secos, como galhos que se quebram.
Aquilo que a obra me causou virou nada ao ver que, sim, infelizmente, aquilo que a Rachel descreveu no livro, era a mais pura realidade e que, mesmo cem anos depois, nada muda... ou melhor (?) dizendo, piora!
Uma obra que vale a pena ser lida, mesmo com toda a tristeza contida nela, porque passamos a dar mais valor ao que temos.
Beijos
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